Tolerancia vs Discriminação
A diversidade humana e o multiculturalismo tornam complexo aceitar a tolerância sem limites. Uma das conquistas da humanidade é o respeito às liberdades individuais, porém o cumprimento desta vitória muitas vezes não é realizado, quer seja por falta de compromisso político ou devido à falta de educação esclarecedora nos diversos segmentos da sociedade. Hoje, a tolerância é um assunto muito em evidência, porém precisamos não só entendê-lo como também saber aplicá-lo. Respeitar e aceitar as diferenças humanas implica em tolerar. Na maioria das vezes, as pessoas tolerantes são discriminadas e tidas como passivas, mas passividade não significa tolerância.
A palavra tolerare etimologicamente significa “suportar com paciência”, “levar”, “sofrer” e também “lutar e combater”. Devemos tolerar o crime? A tolerância não é absoluta? Questiona-se até onde vai o limite da sua prática?
Tolerar é coexistir com as diferenças, desde as culturais, religiosas, raciais, políticas ou mesmo quaisquer divergências de pensamento ou comportamento, desde que permita um aprendizado visando à proximidade com a verdade. Entendemos que o respeito pela liberdade do outro é uma conquista de convivência que irá resultar no bem estar da comunidade.
Conhecida é a frase que diz “o meu direito termina onde começa o do outro”, o que traduz grande importância para a nossa realidade de tanta intolerância. Não devemos esquecer da aplicação da tolerância e a ética na medicina e na enfermagem, profissões que necessitam de bastante paciência na sua atuação. No momento atual de tantas divergências, o médico e o enfermeiro (a) devem lembrar-se de que não podem discriminar pacientes nem também sofrer qualquer tipo de discriminação que o impeça de exercer seu ofício.
O respeito que nossa sociedade clama é pela tolerância virtude, que afasta a discriminação e prepara a geração para uma existência mais humana e pacífica. Devemos estar disponíveis para a aceitação das diferenças