crise europeia
(CEE) evoluiu sucessivamente em termos de objectivos e estádios associados de integração económica, passando de uma simples União Aduaneira com algumas políticas comuns a uma União Económica e Monetária (UEM), com aspirações rumo a uma possível União Política, as quais parecem remontar à sua constituição e se encontram, de algum modo, expressas na actual denominação de União Europeia (UE).
No contexto de uma “economia mundial” caracterizada pela acrescida globalização e interdependência, onde o papel económico (e político) dos antigos Estados-Nação não cessa de ser posto em causa, e sob uma nova atmosfera política e económica europeia, onde se vislumbram, a par de desenvolvimentos notáveis com destaque para a criação da moeda única, fragilidades acentuadas, particularmente nos domínios político e institucional, a evolução mencionada, vista por vários autores como uma tentativa de resposta aos novos cenários e desafios, só poderá ser bem sucedida se a organização dos novos poderes económicos e políticos (nacionais e supranacionais) se revelar a mais eficiente. A análise dos tipos alternativos de organização dos poderes referidos no contexto acima descrito, dos seus benefícios, custos e condições, constitui-se na vertente fundamental deste projecto de investigação, à qual acresce, naturalmente, a descrição das principais implicações de uma eventual reorganização sobre a definição e a implementação da política macroeconómica, com particular destaque para as questões orçamentais. Dito de outro modo, a presente dissertação procura, globalmente, uma resposta sistematizada e fundamentada à questão: que organização política e económica para a União
Europeia no contexto dos desafios pós-euro?
Esta dissertação significa, assim, o prosseguimento do trabalho académico que o autor tem desenvolvido na área da Integração Económica (Europeia), com ramificações para outros campos da