Crise de 1929
A crise de 1929 foi o maior desastre da história capitalismo no século 20 e representou uma devastação da economia mundial. Os resultados foram a pobreza generalizada das massas, uma drástica desvalorização e a aniquilação de capitais e mercadorias. O tombo, evidentemente, foi mais alto nos EUA, que atingiu principalmente a maior economia global. A produção norte-americana de automóveis caiu pela metade. A produção industrial dos EUA caiu em um terço no mesmo período, as exportações e importações despencaram, milhões de trabalhadores tinham perdido seus empregos.
A crise se expandiu para todo o sistema capitalista. O comércio mundial caiu houve uma crise na produção básica de alimentos e matérias-primas devido à queda dos preços destes produtos. O Brasil tornou-se símbolo do desespero e da dramaticidade da crise, quando o governo queimou os estoques de café (principal produto de exportação do país) em locomotivas a vapor numa inútil tentativa de frear a queda dos preços do produto.
O desemprego em massa produziu cenas macabras como as enormes filas de sopas conhecidas como Marchas da Fome – em bairros operários onde as fábricas estavam totalmente paradas.
Não há como entender a quebra de 1929 sem compreender as contradições econômicas, sociais e políticas do mundo que emerge após a Primeira Guerra Mundial (1914-1919). A guerra foi consequência de uma profunda transformação estrutural do capitalismo com o advento do imperialismo, grau superior do desenvolvimento capitalista.
Na Grande Depressão, os Estados imperialistas procuravam defender suas burguesias como podiam. Não hesitaram em levantar barreiras tarifárias para proteger seus mercados dos efeitos da crise, contrariando as doutrinas de livre comércio em que afirmavam repousar a prosperidade do mundo.
No entanto, os Estados Unidos só conseguiram retomar seu crescimento econômico com o início da produção armamentista para a Segunda Guerra Mundial, no final de