A crise 1929
Uma irrefreável onda de vendas derruba o preço das ações, causa pânico na Bolsa de Nova York e leva milionários à bancarrota.
Para onde vai a economia do país mais rico do mundo? | Um terremoto em Manhattan: investidores e curiosos amontoados diante da Bolsa de Valores de Nova York na 'quinta negra' | Um alvoroço incomum nos arredores da Bolsa de Valores de Nova York chamou a atenção do comissário de polícia da cidade, Grover Whalen, na última quinta-feira, dia 24. Por volta das 11 horas, um rugido cavernoso começou a escapar do edifício. Alguns minutos depois, já não era possível identificar se o branido vinha de dentro ou de fora da Bolsa; uma multidão estrepitosa tomara as cercanias de Wall Street e Broad Street, como formigas rodeando um torrão de açúcar esquecido na pia da cozinha. Alarmado, o comissário logo enviou um destacamento especial para a região. A turba, contudo, não representava uma ameaça à ordem pública, como o oficial perceberia mais tarde. Com olhares horrorizados e incrédulos, os nova-iorquinos, espremidos uns aos outros, estavam inertes. Eles apenas esperavam, não se sabe ao certo quem ou o quê. Era o pânico.
O ano de 1929 pode ser considerado o marco de uma das maiores crises da história do capitalismo. Foi o ano em que os Estados Unidos foram abalados por uma grave crise econômica que repercutiu no mundo inteiro.
Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918),os Estados Unidos, foram os principais fornecedores dos países europeus, exportando grandes quantidades de produtos industrializados, alimentos e capitais (sob a forma de empréstimos).
No pós-guerra, os Estados Unidos, tornaram-se a maior potência econômica do mundo. Em 1920, a indústria norte-americana produzia quase 50% de toda a produção industrial do mundo. Por quase toda a década de 20, a prosperidade econômica gerou nos norte-americanos um clima de grande euforia e de consumo desenfreado, gerando o modo de vida americano (American way of