Crise de 1929 e Crise de 2008
Esta charge se vale de um acontecimento relacionado à Crise de 1929, para então traçar uma diferença com a recente Crise de 2008. Na primeira situação, o chargista recupera algo que realmente aconteceu naquela época: vários investidores que perderam seus recursos na bolsa de valores se jogaram do alto dos prédios ao perceberem que tinham perdido quase todos os seus rendimentos.
Ao observar o restante da charge, vemos que o tal investidor lança outras pessoas do alto dos prédios. a crise veio a atingir diretamente as pessoas que não eram responsáveis pela gerência do mercado financeiro. Dessa maneira, o ato de “lançar” as pessoas do alto do prédio revela que a crise mais recente afetou a vida de pessoas que perderam seus empregos, tiveram sua capacidade de consumo reduzida ou não honraram com seus compromissos financeiros.
O capitalismo sofreu muitas mudanças ao longo do tempo. A integração das economias e a articulação do mercado financeiro fizeram com que o desempenho de alguns grupos econômicos tivesse a capacidade de atingir milhares de pessoas. Por outro lado, revela que a busca incessante pela ampliação dos lucros ainda se mostra como um dos problemas que levam às crises do próprio sistema.
Os analistas concordam, porém, que a crise atual está muito longe de adquirir a magnitude da Grande Depressão. Depois de quedas recordes na Bolsa de Nova York em 1929, cerca de dez mil bancos quebraram na década de 30. A depressão econômica levou um quarto dos americanos ao desemprego e teve efeitos no mundo inteiro.
São crises muito diferentes. Em 1929, houve corrida bancária clássica, com quebradeira de bancos. Hoje, o ambiente financeiro é muito mais complexo. E os bancos acabaram assumindo certa responsabilidade pelos instrumentos financeiros que criaram (reconhecendo nos balanços os prejuízos com hipotecas de alto risco). A regulação evoluiu, não teve ninguém correndo para pegar dinheiro na boca do caixa.
O que em 1929 foi