Crise da Modernidade
1) Diferencie Liberalismo de Neoliberalismo segundo o autor.
De acordo com Frei Betto, no liberalismo falava-se em desenvolvimento em progresso, havia teorias do desenvolvimento que falavam também do subdesenvolvimento. A própria palavra “Desenvolvimento” tem um certo componente ético, porque pelo menos se imagina que as próprias pessoas deverão ser beneficiadas pelo desenvolvimento. No liberalismo ouvia-se falar em marginalização, onde a pessoa era marginalizada, mas tinha a esperança de voltar ao centro, ou seja “ser aceita”, já no neoliberalismo isso já não acontece, essa marginalização passa a ser “exclusão” pois o próprio neoliberalismo é excludente, seletivo, assim como a globalização que é perversa. No neoliberalismo falasse muito em modernização que não tem um conteúdo humanizado, mas sim uma forte conotação tecnológica.
2) Que críticas frei Betto faz sobre nossa sociedade contemporânea?
Em todo o texto o autor faz críticas à sociedade contemporânea, às preocupações atuais que giram em torno do capitalismo, do “ter”, do consumir, de fazer tudo ao mesmo tempo e não se preocupar com a qualidade de vida. Uma parte importante que Frei Betto caracteriza como uma das perversidades da modernidade é a cultura da “simultaneidade” onde ele dá exemplo da TV que “feri” a historicidade e impõe a circularidade, onde os fatos não ocorrem dentro de uma temporalidade, mas tudo é aqui e agora, não existe o passado, presente e futuro, gerando ansiedade.
E essa simultaneidade é terrível e desagregadora de valores. Fala também das preocupações com coisas supérfluas ou que tem uma “importância egoísta” que não se preocupa com o outro, desvalorizando o que é importante como o relacionamento humano.