Crise 1929
A CRISE DE 1929
Novas formas de interpretar o mundo: Ao final da Primeira Guerra Mundial, o cenário na Europa era bem direfente do que foi visto nos Estados Unidos, tanto entre os países vencedores como entre os vencidos. Antes de 1914, na Europa, a prosperidade e os avanços tecnológicos provocaram ambições e sonhos grandiosos, refletidos em um modo de vida escandaloso e despreocupado dos europeus mais enriquecidos – era a famosa Belle Époque. As transformações foram profundas na literatura, no teatro, na música, na pintura. Artistas e escritores criticavam o modo de vida, a moral e a racionalidade burguesas. Na literatura, destacaram-se as obras introspectivas, como as de Marcel Proust – Em busca do tempo perdido – e do escritor irlandês James Joyce – Ulisses –, que configuraram o período modernista. O movimento conhecido como dadaísmo, iniciou-se ainda em meio à guerra (1916), com jovens artistas franceses e alemães que, por serem pacifistas, se haviam refugiado em Zurique, na Suiça. Depois, em Paris, sob a liderança do poeta romeno Tristan Tzara, divulgaram o Manifesto: um veemente protesto contra a Grande Guerra, no qual afirmavam que o único sentido do conflito foi fazer desmoronar todos os valores construídos até então. Na verdade, o movimento se manifestava contra todas as guerras.
O surrealismo:
O surrealismo foi um dos mais fecundos e duradouros movimentos artísticos do período ao recusar “os modos de pensar e de sentir do humanismo tradicional”. Pessimista em relação à superioridade da razão, apegava-se à exploração do inconsciente, considerado como fonte de toda poesia, e apoiava-se na psicanálise de Sigmund Freud (1856-1939), em grande evidência na época. O movimento começou em 1924, com o primeiro Manifesto Surrealista, de autoria do escritor francês André Breton (1896-1966).