Maré
O objetivo principal dos neorrealistas é garantir que o poder esteja sempre na mão no Estado, o que ocorre é que na perspectiva desta teoria o Estado deve ter monopólio de poder dentro do seu território. Visto que no Complexo da Maré (assim como em outras comunidades espalhadas pelo país) as facções criminosas exerciam mais poder que o próprio Estado. O Estado precisa ser soberano em seu próprio território e neste caso a única solução era diluir aquele poder local e retomar o controle da região, visto que uma cooperação entre Estado e tráfico é inverossímil, afinal seus interesses são opostos. E não haveria nenhuma vantagem para o Estado, no entando, para as facções as vantagens seriam imensuráveis. Não há cooperação, onde apenas um lado é beneficiado, principalmente para o neorrealismo onde os ganhos relativos são mais importantes que os ganhos absolutos, e caso houvesse essa cooperação evidentemente não haveria ganhos relativos ( sair mais favorecido da situação) por parte do Estado.
As atividades dos até então “dominantes da Maré” se sustentavam através de ações que vão contra o que é definido como lícitas pelo próprio Estado. Com o domínio dessa áreas em suas mãos o Estado consegue consegue melhorar a prestação de serviços na região e aumenta sua arrecadação de impostos, além de banir as ameaças ao seu monopólio de poder.
O ganho de capacidade deve também ser analisado nesse caso, na Maré os ganhos políticos, econômicos e sociais seriam enorme, isso fez com que fosse vantajoso para o governo realizar tal intervenção, ou seja, os prejuízos da operação seriam cobridos pelo ganho de capacidade.
O que ocorre na Maré é por parte do Estado uma questão muito mais voltada