Crime
A respeito das relações de crime e cultura, Ferrel afirma que nas sociedades atuais comportamentos criminosos estão inseridos na vida diária, e que varias formas do crime vem de subculturas. As subculturas são responsáveis por gerar emoções experiências coletivas construindo assim a identidade dos indivíduos e reforçando o status marginalizado deles.
Afirma-se que música, programas de televisão, filmes são frequentemente acusados de gerar comportamento criminoso, pois dessa forma as subculturas criminosas usam as imagens populares para criar suas formas de comunicação mediada.
Como um exemplo da proposta da Criminologia Cultural, destaca-se a obra “Crimes of style”, do autor Jeff Ferrel, onde ele contas suas experiências com os grafiteiros no Colorado. Ele afirma que o sentido do grafite não é tanto marcar território, depredar lugares, é mais uma busca pelo desafio, da adrenalina que dá ao cometer um ato ilícito.
Nessa obra, infelizmente não traduzida para o português, o autor estabelece uma distinção entre o qual chama de “emoções morais” (humilhação, arrogância, desejo de vingança, indignação, etc.) espreitando no primeiro plano do crime, e “condições materiais” (especialmente gênero, etnia e classe social) como antecedentes do crime.
Outro importante avanço para a Criminologia Cultural surge com Stephen Lyng que estabeleceu uma relação entre ação-limite e interesse pelo primeiro plano do crime. A ação-limite consiste na prática de atividade que contenham riscos pessoais, ou seja, uma ação proposital baseada no emocional.
Lyng afirma que tais significados da aceitação de riscos e a experiência subjetiva estão ligados a um contexto subcultura, onde os indivíduos passam a comportar de um jeito ao conviver com outro engajado em uma atividade. Entre eles desenvolvem códigos, estilo, no qual irão se comunicar e trocar experiências.
Embora insegurança,