CRIME E CASTIGO
O livro/romance se baseia numa visão sobre religião e existencialismo com um foco predominante no tema de atingir salvação por sofrimento, sem deixar de comentar algumas questões do socialismo e niilismo.
Os personagens e as descrições de seus caracteres e personalidades, bem como outras obras maiores de Fiódor Dostoiévski, inspiraram pensamentos filosóficos,sociológicos e psicológicos da segunda metade do século XIX e também no século XX. Foram influenciados Nietzsche,Sartre, Freud, Orwell, Huxley, dentre outros.[1]
Os flagrantes traços autobiográficos, como a adoração pela mãe, o vício do jogo (O Jogador) e a fidelidade psicológica, bem como os traços estilísticos do autor, colocaram esta obra, entre as maiores da história da literatura universal e, certamente, junto com Os Irmãos Karamazov, garantiram a Fiódor Dostoiévski a posição de maior escritor russo da história em conjunto com Lev Tolstoy.
Enredo
O personagem principal, apesar de ex-estudante de Direito, é um homem extremamente pobre e que vive angustiado pela sombra de fazer algo importante. Ele divide os indivíduos em ordinários e extraordinários, numa tentativa de explicar a quebra das regras em prol do avanço humano. Seguindo esse preceito, o personagem planeja e concretiza, em meio a uma luta com sua consciência, a morte de uma agiota.
Antes de fugir da cena do crime, porém, Raskólnikov também comete, a contragosto, levado apenas pela situação de surpresa, o assassinato de Lizavéta, irmã da velha agiota, pois ela havia aparecido no local inopinadamente.
Raskólnikov rouba algumas joias, mas não chega a usufruir desse ganho e, sentindo-se arrependido, enterra-as sob uma pedra.