Crime e Castigo

CRIME E CASTIGO

DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Crime e Castigo. São Paulo: Editora 34, 2009. 591. pg. ISBN: 978-85-7326-208-7
É notório que a presente obra “Crime e Castigo”, traz a trama de um jovem pobre de São Petersburgo, ex-estudante de Direito e de família humilde. A obra de Dostoiévski de 1866 faz um estudo do “crime” cometido e da culpa seria esse o “castigo”, tanto criminal, quanto emocional, decorrentes de entraves internos resultado de duas mortes os quais Raskólnikov, torna-se escravo da sua própria consciência. Conflitos que, enrraizam-se na sua vida cotidiana e o faz deixar de viver, de ter uma vida social justamente pelo medo de ser descoberto ou pelo julgamento o qual haveria de sofrer perante a justiça, familia e amigos. Ser descoberto pelas pessoas que amava era mais torturoso do que pela justiça. Nesse passo, o crime abre o enrredo, e o castigo a discussão perpassando a seara do Direito e trazendo a baila para o campo da Psicologia.
Como se pode notar, o protagonista queria matar a velha agiota chegava a sonhar com isso, ele não conseguia acreditar como que um ser humano ruim e rude poderia viver, sentia-se incomodado com ela, queria matá-la, pois ela era uma pulga sugadora. Eliminá-la deste mundo era fazer um bem para a humanidade. Ele seria um herói, comparado com Napoleão e César os quais foram assassinos absolvidos pela História. O trecho abaixo mostra o personagem antes e depois de executar seu plano, ou seja o ID, pois planejou e em meio a impulsos e desejos executou o assassinato da agiota e de Lizaveta a irmã “pura”, a primeira ele havia premeditado, já a segunda foi por acaso, começando o drama Dantesco de Raskólnikov em seus sombrios pensamentos.
“Não será o caso de ir-me embora?. Mas não se respondeu e se pôs de ouvido no apartamento da velha”. (DOSTOIÉVSKI, 2009, p.88). Aqui vemos o ego controlando Raskólnikov de maneira consciente. Fazendo com que ele ainda volte atrás e não siga as propostas do ID as quais propunhavam a morte.