Criança
OU RECURSO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA
Edna Mara Gonzaga Rodrigues Puga1[1]
Léa Stahlschmidt Pinto Silva2[2]
Passos iniciais de um caminho percorrido
A nossa inserção no trabalho com Educação Infantil reportou-nos a interesses passados, vividos durante o tempo de graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Viçosa - MG. Ao participarmos como estagiária na organização de uma Ludoteca dentro do Campus da referida Universidade, no ano de 1996, começamos a nos interessar pelo tema e a perceber a importância desde espaço para a vida das crianças e para a sociedade. O brincar se faz urgente em nossas vidas, em especial na das crianças. Os interesses hegemônicos, considerados produtivos, da nossa sociedade estão nos transformando em adultos indiferentes quanto ao significado do brincar. De acordo com MACHADO (1994, p.21), “O brincar é nossa primeira forma de cultura” e é nas brincadeiras que a criança que se expressa, vive sua cultura e a reproduz. Brincar significa estar criativamente no mundo, estar em diálogo com o outro, com a natureza, com o social. Pois, experimentando a atividade lúdica a criança representa, cria, recria e se envolve nas complexas relações sociais de sua cultura. A infância é parte fundamental da sociedade e a criança é um cidadão ao brincar, pois está cumprindo seu papel social. Cada dia que se passa a criança vai perdendo seu espaço social e físico para brincar. Existem ainda locais apropriados para uma criança exercer a prática do lúdico? Vivemos atualmente uma cultura na qual impera o individualismo, não dando espaço para que o lúdico se faça presente. Sendo assim, se vivemos em sistemas cada vez mais excludentes, é preciso buscarmos alternativas para que as crianças experienciem o brincar e vivam melhor. Desta forma, algumas questões nos instigaram e conduziram à busca de uma compreensão do que representaria a brinquedoteca para os profissionais da educação e para a