CRENÇAS E RITUAIS

A religião manifesta-se não somente através do simbolismo e da cerimônia tribal. Expressa-se através de palavras mágicas e encantamentos. Trataremos a seguir de cada um destes elemento. O animismo na definição do antropólogo inglês do séc. XIX Sir Edward Burnett Taylor, é a crença em seres espirituais, são conhecidos de muitas formas: Espíritos de plantas e animais, almas, fantasmas, assombrações, gnomos, gênios, fadas, bruxas, demônios, diabos, anjos e deuses. São seres sem carne e sangue, não matérias, porém reais para todos que neles acreditam. São sobrenaturais e isto é o que os torna maravilhosos, misteriosos. Em seu notável estudo Taylor examinou as muitas manifestações do animismo entre os primitivos, ele viu a origem do animismo no fenômeno dos sonhos, da vida e da morte. Nos sonhos, nós transcendemos a realidade. Elevamo-nos a grandes alturas de realização e prazer; experimentamos acontecimentos horríveis; revivemos o passado e antecipamos o futuro, visitamos lugares visitados um vez e aqueles em que nosso pés nunca pisaram; comunicamo-nos com os mortos e com os vivos que estão muito distantes. Entretanto, no sono ou em estado de coma, o corpo não deixa o seu lugar de repouso. Para os primitivos e, na verdade, para muitos seres humanos civilizados, a experiência dos sonhos é uma realidade. Os seres humanos primitivos refletiram e concluíram que a pessoa tinha duas partes: O ser corporal de carne mortal e o alter ego espiritual, a alma. O conceito de alma é a raiz do animismo. A alma é a força vital. Sua presença anima o corpo; sua partida o imobiliza. Na imobilidade do sonho, a alma vagueia. A inquietude da humanidade é o do espírito, não do corpo. O longo sono, que é a morte, ocorre quando a alma itinerante não volta. O corpo, que é o instrumento da alma, não tem mais função uma vez que a alma o abandona. Segue-se a desintegração. Assim, na crença mais primitiva, não somente a humanidade, mas todos os seres vivos possuem alma. Depois