Creche
A partir da leitura dos textos sugeridos e da apreensão das seguintes questões provocadas pelas autoras: Como a creche era vista? Como ela deve ser? De que maneira se desenvolve a função educativa da mesma? Desenvolveremos ao longo deste texto-síntese (com breve olhar crítico) as questões supracitadas – destacando-se, paralelamente, a atenção e os enfrentamentos do profissional da Educação Infantil. Desde o inicio de sua criação (na França), a creche, como instituição, tinha um papel diferente do que tem hoje: era considerada assistencialista e filantrópica, onde as crianças permaneciam durante o período de trabalho de suas mães que, juntamente com os imigrantes, trabalhavam nas fábricas. Por causa de sua origem contraditória, muitas questões foram (e ainda hoje são) levantadas a respeito do verdadeiro papel das creches quanto ambiente que proporciona meios de aprendizagem real (e não somente um lugar em que as crianças permaneciam sob cuidados de outros adultos, sem que houvesse algum grau de parentesco entre eles). Por isso, a noção de creche como instituição educativa é relativamente recente. A partir do início do século XX, com a ampliação das fábricas, as mulheres passaram a deixar suas casas e trabalhar como operárias, juntamente com os imigrantes. Estas mulheres – que antes eram donas de casa – passavam então longos períodos de tempo trabalhando, não tendo com quem deixar seus filhos. Assim, a partir da observação dessa necessidade de auxílio (buscando, na verdade, um controle melhor da classe operária) os donos das fábricas resolveram criar um espaço onde essas mães pudessem deixar seus filhos – em período de amamentação – dentro do próprio ambiente de trabalho. O que culminou na melhoria dos serviços prestados, já que, podendo cuidar dos seus filhos melhor, trabalhavam mais e com menos preocupação. Entretanto, as primeiras creches (palavra oriunda do francês; significa “manjedoura”)