Cplp

2. A CPLP no Contexto da Globalização Inicialmente recordar o objectivo original que motivou a criação, em 1996, Da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), qual seja, o de promover um Intercâmbio cultural em um espaço geográfico descontínuo, onde o idioma português Constituísse elo de ligação. Embora ainda persista o elemento fulcral da cultura na Dinâmica da Organização, logo se perceberia que seus alicerces históricos, culturais, Étnicos e linguísticos lhe permitiriam igualmente sustentar a busca de novas fórmulas de acção, capazes de traduzir, de forma concreta, as afinidades já existentes. Assim sendo, iniciativas começaram a ser delineadas, voltadas à transferência de tecnologia, à cooperação trilateral e à parceria com países desenvolvidos e agências multilaterais. A maior amplitude de acção conferida à CPLP reflectiu, na realidade, a necessidade de que se tornasse igualmente um foro multilateral capaz de fornecer aos seus Estados membros instrumentos para uma melhor inserção no mundo globalizado. Nesse sentido, a Organização passou a dar ênfase ao desenvolvimento da cooperação nos campos educacional, científico e tecnológico, com vistas sobretudo a valorizar os recursos humanos de seus Estados-membros. O desenvolvimento de iniciativas comuns em todos os referidos segmentos e a cooperação entre aqueles países constituem, efectivamente, ferramentas importantes para a preservação de identidades culturais em um mundo aplainado pela força de uma globalização que tende a impor uma cultura predominante, graças, sobretudo, às novas tecnologias de comunicação e informação, e ao seguimento de negociações que vêm acelerando o comércio mundial.

2.1 A Génese e fins gerais das Organizações Internacionais

Para uma melhor compreensão da importância das organizações internacionais nesta sociedade global em que vivemos, importa referir as funções dessas organizações. Não só Max Gounelle1, mas também Olive Archer2 citam um conjunto de funções que