Sempre que a Idade Média é mencionada, próxima a pessoas que não conhecem o contexto histórico medieval, nota-se que elas têm certo preconceito em relação a esse período. A maioria não sabe quão grandiosa e rica em historicidade é a Idade Média, divida em maneiras distintas pelos historiadores. Usaremos assim a divisão proposta por Hilário Franco Jr, em sua obra “A Idade Média Nascimento do Ocidente”: Primeira Idade Média, Alta Idade Média, Idade Média Central, Baixa Idade Média. Como já mencionado, existe ainda um pouco de preconceito em relação à Idade Média, porém, este já vem de longa data ou aproximadamente do século XVI, quando admiradores clássicos (que brevemente se tornariam renascentistas e iluministas) mencionavam a Idade Média como “Idade das Trevas”, entre outros adjetivos nada qualitativos, como se na História da humanidade só houvesse dois grandes períodos: dos gregos e romanos e o período das invenções, referindo então à Idade Média como simplesmente um período de interrupção entre esses dois períodos. Acreditavam que durante a Idade Média só havia acontecido atraso e selvageria, não trazendo nenhum progresso à humanidade. Em diversos campos, como na arte, na arquitetura e, sobretudo na filosofia, havia críticos quanto à Era Medieval. Para eles, a Idade Média teria interrompido as inovações, estilo “superior” de viver e valores dos gregos e romanos, os quais seriam retomados no século XVI. Durante a Idade Média, a Igreja Católica tivera grande poder, imensa parte das críticas contra a Idade Média se deu por isso, sendo considerada como um período de ignorância e superstição, os protestantes criticavam-nos como época de supremacia da Igreja Católica. Os homens ligados às poderosas monarquias absolutistas lamentavam aquele período de reis fracos, de fragmentação política. Os burgueses capitalistas desprezavam tais séculos de limitada atividade comercial. Os intelectuais racionalistas deploravam aquela cultura