MELLO, José Roberto. O cotidiano no imaginário medieval. São Paulo: Contexto. 1992.
NASCIMENTO, Aline de Jesus
MELLO, José Roberto. O cotidiano no imaginário medieval. São Paulo: Contexto. 1992.
A utilização da literatura como forma de pesquisa para se entender determinada época é ainda um tema polêmico entre os historiadores, apesar da evolução que este conceito adquire ao longo do tempo. Os textos literários não se prendem na realidade e demonstram as características psicológicas da época: as regras de comportamento quebram os seus limites e a fantasia se apropria de cada estória, se adere assim, aos pensamentos imaginativos dos grupos sociais.
A partir deste conceito o historiador medievalista José Roberto de Mello desenvolveu a obra intitulada "O Cotidiano no Imaginário Medieval" na qual faz uma comparação entre o que está nos contos arturianos e os parâmetros existentes nessa sociedade, com o principal intuito de servir como auxilio para a compreensão mais ampla dos pensamentos obscuros dos indivíduos daquele período.
O livro se desenvolve por meio dos romances de cavalaria, estes que começam a aparecer na metade do século XII possuem características aventurosas de proezas praticadas por cavaleiros em troca da diversão e expansão da criatividade da comunidade. O cotidiano retratado nestas obras é frequentemente o da nobreza e os contos às vezes exageram na ficção, mas a essência não esta distante da realidade. Os ensinamentos cristãos e pagãos se misturam nestas narrativas já que a transmissão delas inicialmente era oral e cada indivíduo poderia contribuir para o conto, por isso há esta miscigenação.
A literatura arturiana é formada por um conjunto de obras a respeito do rei Artur e dos cavaleiros da denominada Távola Redonda, local onde ocorriam suas reuniões que mantinha este formato redondo para mostrar a igualdade entre todos os componentes, o ciclo mais conhecido atualmente é o dos seguintes romances: L´Estoire del Saint Graal, Merlin, Lancelot, La Queste del Saint Graal e La Mort le