Cotas
O governo seguindo esse ideal de um Brasil mais justo aprovou a “lei das cotas”, numa tentativa de reparar danos e injustiças que ocorrem há séculos com essa parte da população: os negros, pardos e os indígenas. Tentativa acertada uma vez que em nosso país as condições de um jovem, pertencente a essas minorias, de se alcançar um futuro melhor que a realidade vivida é repleta de barreiras. Tendo como base, por exemplo, a população carcerária e os residentes das “favelas”, que em ambos os casos a grande maioria é constituída por negros.
Portanto esse assunto nos remete a uma discussão sociológica, econômica, política, filosófica, humanista e histórica. Pois além de toda dívida com relação ao período escravocrata, todo preconceito ainda enfrentado, é fato também que a menor fatia do “bolo”, da renda nacional, se concentra principalmente nas mãos dos negros. É claro a diferença de oportunidades que um jovem branco e um negro encontrarão ao decorrer da vida. Mas também é claro a forma com que um jovem que entra pelo sistema de cotas agarra essa oportunidade, pois alunos cotistas possuem média de notas maior e média de faltas menor quando se comparado com alunos que não utilizaram deste meio para a ingressão no ensino superior.
Sendo assim, o sistema de cotas é algo para ficar, pelo menos enquanto for tão desigual a situação nesse nosso país. Por que temos sim, integrantes dessas minorias que superando todos os obstáculos