Corticosteróides inalatórios – budesonida e beclometasona
Ministério da Saúde
Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde da
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos – DGITS/SCTIE
Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) - Relatório n° 30
Recomendação Final
Corticosteróides inalatórios – budesonida e beclometasona Tratamento com corticoide inalatório em portadores de DPOC moderada e grave levou à pequena redução nas exacerbações em estudos clínicos em comparação a placebo. O benefício é de baixa magnitude e possivelmente transitório, sendo que portadores de DPOC com VEF1 (volume expiratório forçado) inferior a 50% do previsto e com mais de duas exacerbações ao ano apresentaram os maiores benefícios. O benefício dos corticóides inalatórios é considerado um efeito de classe, não havendo diferenças de eficácia entre os representantes. As diferenças são basicamente farmacocinéticas, e maior potência não se traduz em maior eficácia clínica. (12-14)
Efeitos adversos locais (orofaringe) são principalmente disfonia, candidíase oral e tosse, e no caso de administração por sprays são minimizados pelo uso de aerocâmaras. Efeitos adversos sistêmicos: supressão do eixo hipófise-supra-renal, hiperglicemia, estrias, púrpura, acne, catarata. Há relatos de hipertensão arterial sistêmica e retardo de crescimento em crianças. O risco de efeitos adversos sistêmicos aumenta com a dose e o tempo de uso. Com doses de beclometasona ou budesonida inferiores a 800 mcg/dia praticamente não há alteração no nível de cortisol plasmático matinal, ou na excreção urinária de cortisol livre. Corticóides inalatórios em dose alta estão associados a aumento do risco de pneumonia. O uso crônico de doses superiores ao equivalente a 1.000-1.500 mcg/dia de budesonida pode estar associado a aumento do risco para osteoporose e fraturas. Deve-se usar com cautela em pacientes com tuberculose pulmonar não tratada. (16-23)
Recomendação da CONITEC
Diante do exposto, os membros da CONITEC presentes na