Corta-Mato
O corta-mato tem as suas origens em Inglaterra, na organização de uma espécie de jogo de apostas, que consistia em corridas pedestres, levada a cabo por aristocratas e fazendeiros do século XVIII.
No início do século XIX, havia também uma prova parecida, em que um grupo de corredores arrancava uns minutos antes do outro conjunto e ia espalhando papéis para poderem ser seguidos.
A primeira corrida oficial teve lugar em 1867 por iniciativa do Clube de Remo do Tamisa, que pretendia manter os seus remadores em forma durante os meses de inverno. Nove anos depois, teve lugar um campeonato inglês da especialidade. Em 1898, França e Inglaterra disputaram a primeira prova internacional.
Foi já no século XX, em 1903, que se começaram a disputar os Campeonatos Internacionais de Corta-Mato. Tiveram lugar em Glasgow, na Escócia, com a particularidade de só terem participado os quatro países das ilhas britânicas: Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda. O percurso tinha uma extensão de 12,87 quilómetros. Em 1907, a França juntou-se ao grupo de participantes, para em 1923 acontecer o mesmo com a Bélgica. Entretanto, a partir de 1924, o corta-mato deixou de fazer parte do calendário dos Jogos Olímpicos por não ser uma modalidade que se adaptasse bem às características do verão. Aliás, os campeonatos de corta-mato disputam-se normalmente entre o outono e o inverno.
Mesmo assim, a partir dessa época, a modalidade ganhou prestígio e, em 1931, passou a ser também disputada uma prova feminina, a que se juntaram a variante de juniores masculinos em 1961 e a de femininos em 1989.
O Presente do corta-mato: Portugal
Hoje em dia, os homens correm 12 km, as mulheres 5, os juniores masculinos 8 e os juniores femininos 4.
Portugal é um país com grandes tradições no corta-mato. Em 1976, a primeira medalha de sempre do atletismo português foi conquistada por Carlos