Correspondentes bancários
História
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O primeiro correspondente bancário não lotérico no Brasil implantado pela Caixa Econômica Federal foi em Solidão (PE) em 2001. Até 2001, um terço das comunidades brasileiras não tinha acesso a sistema bancário em seu território, obrigando a população a se deslocar em muitos quilômetros para pagar seus impostos e receber seus benefícios sociais.
O programa de correspondentes bancários (CBs) foi viabilizado, então, com surgimento de programas públicos para beneficiar as famílias de renda baixa, como o Bolsa Escola, Auxílio Gás e o Cartão Alimentação que, no governo Lula, foram unidos no Bolsa Família. Foi determinado que esses benefícios fossem pagos pela Caixa Econômica Federal (CEF). Entretanto, muitas eram as comunidades que não tinham agências bancárias locais. Assim, funcionários da própria CEF eram encarregados de levar o dinheiro desses programas de benefícios aos que moravam longe. Os riscos eram grandes, o que acarretou a criação de correspondentes bancários: empreendimentos locais, como pequenos mercados e empórios, passaram a ter acesso à serviços bancários. Sistemas computacionais foram instalados nesses empreendimentos comerciais e um profissional foi contratado para fazer o serviço de manutenção em cada região. A dinâmica econômica do município começou a mudar de modo que a população passou a consumir os produtos e serviços da própria cidade, sem ter que sair, deixando o dinheiro dentro do território.
Graças a essa criação, indivíduos que antes estavam às margens do sistema financeiro brasileiro, puderam ser incluídos o que gerou um grande impacto na qualidade de vida dos cidadãos.
Inclusão financeira
“Processo de efetivo acesso e uso pela população de serviços financeiros adequados às suas necessidades, contribuindo com sua qualidade de vida”
(BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2010, p. 18)
Distribuição regional das instituições financeiras