Corpo

O corpo e suas variáveis

Os corpos sofrem transformações com o tempo nos aspectos estéticos do modo pelo qual os artistas de vanguardas do inicio do século XX “efetuam uma desintegração da figura humana: questionando a representação tradicional, cubistas, expressionistas, dadaístas e surrealistas” (MADESCO, 2009, p.36) fazendo disso uma deformação da anatomia humana, tendo como exemplo Demoiselles d’ Avignon, Picasso entre 1906 e 1907, obra onde o marcante se mostra pelas máscaras colocadas nas mulheres, seguindo o que diz MADESCO “total desconsideração pela anatomia realista, a sexualidade crua e a utilização de morfologia da arte primitiva refletem a distância do ideal clássico do corpo humano” sendo assim uma desmistificação do corpo ideal.
Com isso os objetos adquirem:
[...] função simbólica assumiam o lugar de impulsos velados ou subliminados, como recompensa, explicando como grande parte de atividade surrealista pode ser vista como remoção de obstáculos para derrubar as censuras da consciência e se chegar ao inconsciente, ao maravilhoso. (MADESCO, 2009, p. 38).

Como forma um desenho onde o corpo de encontra desmembrado e com uma mensagem entre linhas, mostrando o imaginário. Seguindo algumas regras e também cenas eróticas “uma ambivalência entre sedução e terror’ ‘erótico-velado’, ‘explosivo-fixa’, ‘mágico-circunstancial’, a qual Breton chamava de a ‘beleza convulsiva” (MADESCO, p. 39), todas essas expressões para dizer sobre o surrealismo evidenciado nas obras com um jogo de emoções para o espectador.
Coubert já tem por costume compor suas pinturas de forma marcante, mas quando Edouard Manet produz Almoço na Relva acaba por chocar o público, a cena contém uma jovem nua acompanhada de dois homens de casacos longos ao ar livre “talvez o significado da tela esteja nessa negação da plausividade, pois a cena não se adapta nem ao plano da experiência cotidiana nem ao da alegoria” (JANSON, 2009, p.330) A cena não reporta algo pornográfico, é apenas uma