coronelismo

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O CORONELISMO

A corrupção e o uso de cargos públicos para conseguir privilégios são práticas presentes na História do Brasil e em diversos outros países do mundo. Um elemento fundamental para compreender o funcionamento dessa prática no período da República Velha é o Coronelismo. O título de coronel surgiu com a Guarda Nacional, criada no período Regencial, em 1832. Era normalmente concedido aos grandes fazendeiros que detinham prestígio e poder político nas suas localidades. Esses homens passaram a fazer parte da Guarda Nacional, uma milícia responsável pela manutenção da ordem interna, reprimindo as revoltas sociais. Com a proclamação da República e o fim da Guarda Nacional, os coronéis mantiveram o prestígio e o respeito político conquistados, atuando como chefes políticos locais. Cultivando a prática política da troca de favores, os cororéis mantinham sob sua ‘proteção’ uma série de afilhados em troca de obediência total. Esse mecanismo teve fundamental importância para as articulações políticas do período. Nos períodos de eleição, os coronéis mostravam seu poder político, que era medido pelo tamanho do seu curral eleitoral, isto é, a massa de eleitores controlada pelo coronel, que englobava sua família, devedores, fazendeiros dependentes, empregados, apadrinhados, as cidades que viviam do comércio de sua produção agrícola, ou seja, todos aqueles que viviam sob sua influência. Os dependentes do coronel votavam em massa nos candidatos apoiados por ele: era o chamado voto de cabresto. A eleição ‘a bico de pena’ foi também amplamente utilizada. Consistia em incluir nas atas das eleições o nome de pessoas mortas ou mesmo inexistentes (‘eleitores fantasmas’). Como acontece ainda hoje, nos municípios onde a disputa eleitoral envolvia mais de um coronel, a eleição acabava em crimes e muita violência. Essas práticas eram facilitadas pelo sistema eleitoral em vigor, no qual o voto era aberto. Para votar, o cidadão dirigia-se à mesa eleitoral, composta

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