Cordiais do EM
Para o ser humano o sistema auditivo é parte integral de sistema de comunicação, e em nossa sociedade a comunicação é predominante e isto se tornará uma barreira ao indivíduo que tenha problemas auditivos. Para que isso não ocorra é necessário que este sujeito seja acolhido pelos membros da sociedade desde seu nascimento e que receba a educação que cabe aos que sofrem com a perda auditiva.
Surdez é mais do que uma condição médica. Para os indivíduos que são surdos, a surdez não é apenas ter "ouvidos doentes". Eles pertencem a uma comunidade, uma cultura. Os surdos sempre foram, historicamente, estigmatizados, considerados de menor valor social. Acreditava-se que os surdos eram uma massa de excluídos sociais, de pessoas que a partir da incapacidade de se comunicar de maneira satisfatória, ou pelo menos na forma convencional ou oralizada, estavam impedidos de participar de atividades produtivas e de uma vida social mais ampla.
Pensava-se que, em alguma medida, a surdez excluía seus portadores de processos como a educação formal, o serviço militar e do mercado de trabalho especializado, e que o entendimento das tentativas de inclusão dos surdos configurava-se por si só em um problema de pesquisa. Afinal, faltava-lhes a característica eminentemente humana: a linguagem (oral, bem entendido) e suas virtudes cognitivas. Sendo destituídos dessas “virtudes”, os surdos eram “humanamente inferiores”. A língua de sinais era considerada apenas uma mímica gestual, e sempre houve preconceitos com relação ao uso de gestos para a comunicação.
Por anos, muitos têm avaliado de forma depreciativa o conhecimento pessoal dos surdos. Alguns acham que os surdos não sabem praticamente nada, porque não ouvem nada. Há pais que super protegem seus filhos surdos, ou temem integrá-los no mundo dos ouvintes ou mesmo no mundo dos surdos. Outros encaram a língua de sinais como primitiva, ou inferior, à língua falada. Não é de admirar que, com tal desconhecimento, alguns surdos