Copa do mundo 2014
Quais as conseqüências:
Nem tudo é motivo de comemoração na África do Sul um ano depois da realização da Copa do Mundo. A começar pela utilização do estádio Green Point, que fica na Cidade do Cabo e recebeu oito jogos no Mundial, incluindo uma semifinal. Apesar de receber turistas até hoje, ninguém quer usá-lo. Com capacidade para 58 mil pessoas e vista deslumbrante, o local só foi lembrado para 12 eventos. A empresa francesa que seria responsável pela administração depois da Copa desistiu no dia primeiro de janeiro de 2011, a prefeitura assumiu o comando. Uma votação na Câmera de Vereadores determinou o destino do estádio. Acredite: uma das propostas era botá-lo abaixo. Optou-se pelo bom-senso. Pelos próximos três anos, o estádio será de responsabilidade do poder público municipal.
Sendo assim, Lesley de Reuck ganhou um dos empregos mais difíceis da África do Sul hoje. Ele tem a missão de fazer desse elefante branco algo lucrativo.
- Derrubar o estádio é uma idéia louca. Isso custou caro. E é um lugar único. Haverá solução. Estamos contratando profissionais pra isso - explicou o administrador.
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Mesmo sem uso, o governo sul-africano gasta com manutenção do gramado e do teto. Todo mês, dezenas de funcionários têm que limpá-lo. O curioso é que a Cidade do Cabo abriga um dos maiores times de rugby do mundo: o Stomers, que se recusa a jogar no Estádio Green Point. O clube dispõe de um campo próprio, para 50 mil pessoas, e lucra muito com a venda de camarotes a cada temporada.
Há na cidade três times de futebol, mas nenhum deles com torcida suficiente para encher o estádio. Por isso, raramente jogam no local. Por enquanto, o Green Point é um exemplo de desperdício de dinheiro público. Foi o estádio mais caro a Copa: custou R$ 1 bilhão para mal ser usado.
Os problemas não param por aí. Sem times de futebol, Nelspruit precisa importar clubes populares. A prefeitura oferece dinheiro, eles jogam nessa cidade e enchem o