Conversas e controvérsias: o ensino da historia no brasil (1980-1998)
Grande parte das criticas direcionadas atualmente ao ensino de história trata de questões epistemológicas, metodológicas e politicas que foram se constituindo ao longo da trajetória da história como disciplina escolar. No Brasil, o ensino de história tem sido objeto de intensos debates acadêmicos e escolares nas duas ultimas décadas. Em 1838, em meio ao período regencial e sob forte influencia do pensamento francês, foi criado no Rio de Janeiro o Colégio Pedro II, PRMEIRO ESTABELECIMENTO PUBLICO DE ENSINO SECUNDARIO NO PAÍS. O ensino de história sofreu, na sua origem, uma significativa influencia francesa. Como o objetivo era constituir a nação brasileira a modelo francês atrais pelos ideais, costumes e instituições que possuía. Tinha o papel de formar juízos de valor e o patriotismo, necessários a constituição da identidade brasileira. Tratava-se de uma história eurocêntrica, eu apresentava a civilização como origem e modelo para todas as historias da humanidade. O ensino desta historia manteve-se no país ao longo do Império, um caráter elitista e ideológico. No que se refere aos métodos de ensino havia claro predomínio da memorização e da repetição oral e/ou escrita dos conteúdos, com certa inspiração pedagógica no ensino jesuítico, baseados no modelo do catecismo, com perguntas e respostas. Nos primeiros anos do período republicano, desenvolve-se vigorosa discussão em torno de questões nacionais. No capo educacional, o debate girou em torno da necessidade de construir um sistema nacional de ensino, todavia, como as reformas eram geralmente concebidas dentro de gabinetes ministeriais, não obtiveram êxito no sentido de mobilizar a sociedade. José Verissimo apontava a desorganização da instrução publica como um dos maiores problemas nacionais, visto que ela jamais conseguira influenciar a formação de um espirito nacional. Alguns fatores contribuíram para a ausência desse