Convento de Chelas
A data da fundação do Mosteiro, de características românticas, perdeu-se na origem dos tempos, o que para alguns historiadores afirmam que foi edificado antes da nacionalidade portuguesa. Outros cronistas declaram que a fundação do convento de Chelas terá sido anterior ao nascimento de Cristo e, defendem, que foi o primeiro templo pagão a ser convertido ao cristianismo.
Aqueles que defendem a origem mais antiga afirmam que o Convento de S. Félix foi construído no século VII antes de Cristo e que é a clausura mais antiga de Lisboa e seus arredores, tendo sido objecto de diversas remodelações.
As primeiras evidências materiais que subsistem são do século X, altura em que a activa comunidade moçárabe de Lisboa patrocinou uma reconstrução, pelo menos, da igreja.
Ao longo da Baixa Idade Média foram várias as campanhas (românica, gótica e manuelina). Desta última fazem parte o portal manuelino e a galilé de aceso ao templo, únicos elementos classificados.
Um marco miliário, dedicado ao imperador Adriano, descoberto na zona da actual estrada de Chelas, e que provava ter sido aquela via uma antiga estrada militar romana, esteve durante muitos anos nos terrenos do convento.
D. Afonso Henriques, em 1147, D. Sancho I, em 1220-26, e D. Manuel, em princípios do século XVI, foram os principais obreiros das reconstruções.
Em 1604 procedeu-se à reconstrução integral do Mosteiro, que continuou a manter a memória dos mártires aí sepultados.
O Convento de S. Félix sofreu diversas remodelações ao longo dos tempos. O grande terramoto quase o destruiu, tendo a igreja que ser reconstruída, praticamente, de raiz.
Durante o liberalismo, o convento foi profanado, perdendo o seu interior o aspecto religioso, uma vez