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No Texto “REALISMO PERIFÉRICO. UNA FILOSOFÍA DE POLÍTICA EXTERIOR PARA ESTADOS DÉBILES”, Carlos Escudé nos mostra que o conceito de realismo periférico vem desde a Grécia antiga, no período da guerra do Peloponeso onde a poderosa Atenas e frágil Melos negociavam.
O realismo periférico é uma teoria que busca explicar e balancear as relações assimétricas entre os Estados fracos e os hegemônicos. “[...] dizemos que o realismo periférico não é apenas o melhor modelo para a política externa vulneráveis, mas também para os países pobres.” (Escudé,2009)
Escudé mostra como a Argentina começou a pautar-se no realismo periférico quando tratava-se de negociações com os Estados Unidos, e por que essa proposta vigorou somente em seu país e não nos países vizinhos. A Argentina foi o país da America do Sul que mais teve confrontos os EUA, foi neutra nas duas grandes guerras mundiais, diferente do Brasil que se aliou aos EUA e juntou-se ao movimento dos países não alinhados. Também Mantinha parceria nas políticas nucleares com Saddam Hussein, quase entrou em guerra contra o Chile em 1978, mantinha relações tensas com o Brasil até 1979 e em 1982 invadiu as ilhas Malvinas que estavam sob o domínio britânico, entrando em uma guerra perdida, já que se necessário os EUA ficariam ao lado de seu aliado europeu.
Devido a esses excessos cometidos pela argentina, foi necessária uma mudança abrupta na política externa do país, diferente dos outros países da região como o Brasil, que muitas vezes teve o seu papel de realista periférico, mas não tinha necessidade ser sempre.
Percebe-se assim que a teoria do realismo periférico foi cunhado na argentina devido aos enormes custos que o confronto histórico com os Estados Unidos propiciou, e percebeu-se a partir daí a necessidade de cautela quanto as políticas estabelecidas pois “quando nós provocamos um gigante quase sempre ganhamos destruição.” (Escudé,2009)
Porém após a segunda guerra mundial, a Alemanha e o Japão que saíram derrotados