Controle e Cigarrinha das pastagens
As cigarrinhas são consideradas pragas-chave em gramíneas forrageiras no Brasil, sendo a Brachiaria decumbens a forrageira mais susceptível ao seu ataque, porém ataques da cigarrinha em pastagens de Brachiaria brizantha cv. Marandu (Braquiarão) também já foram registrados. A praga é um dos fatores limitantes no desenvolvimento de pastagens, Maciel et. al (2007) cita a bibliografia de SILVEIRA NETO (1994) relatando que as cigarrinhas podem provocar prejuízos, entre 10 e 90%, em pastagens estabelecidas, dependendo das espécies forrageiras, condições climáticas e manejo da pastagem.
Antes de se optar por um método de controle de cigarrinhas, é importante levantar o grau de infestação, que poderá ser avaliada com base na quantidade de ninfas e indivíduos adultos por m2 presentes na pastagem. Outros fatores como, a sobrevivência de inimigos naturais, precisam ser considerados nesta estratégia. Dentre os inimigos naturais conhecidos, os mais importantes são a mosca Salpingogaster nigra e os fungos, sendo o Metarhizium anisopliae o mais importante para o controle biológico. As condições necessárias para o bom desenvolvimento desse fungo são semelhantes àquelas favoráveis à sobrevivência das ninfas de cigarrinhas. Uma sugestão de controle, considerando essas premissas, é a adoção de estratégias de manejo das pastagens diferentes ao longo do ano. Por exemplo, em solos de boa fertilidade pode-se rebaixar o pasto no final do período seco e início das primeiras chuvas, fase esta já com condições favoráveis para que os ovos saiam do período de quiescência e apareçam as primeiras ninfas. A incidência da luz solar reduz a sobrevivência da ninfa, logo o ciclo de vida das cigarrinhas será quebrado. Já durante as águas deve-se adotar um manejo com um resíduo pós pastejo mais alto, desta forma os fungos encontrarão um ambiente favorável ao seu desenvolvimento favorecendo assim o controle biológico. Quando o nível de infestação estiver muito alto (> 20 ninfas/m2), o