CONTRIBUIÇÃO DO EXISTENÇIALISMO PARA A PSICOLOGIA
Para Sartre O ser de um existente qualquer seria precisamente aquilo que parece e não existiria outra real idade fora do fenômeno: “O fenômeno pode ser estudado e descrito enquanto tal, pois ele é absolutamente indicativo de si mesmo”. Isso não quer dizer que o fenômeno não seja verdadeiramente um ser. Para Sartre, o ser do fenômeno é posto pela própria consciência e esta tem como caráter essencial a intencionalidade. Em outros termos, a consciência visa a um objeto transcendente, implicando, portanto, a existência de um ser não consciente. Poder-se-ia então concluir que existem dois tipos de ser: o ser-para-si (consciência) e o ser-em-si (fenômeno).
Para Sartre a ideia central de todo pensamento existencialista é que a existência precede a essência. Não existe nenhum Deus que tenha planejado o homem e, portanto não existe nenhuma natureza humana fixa a que o homem deva respeitar. O homem está totalmente livre é o único responsável pelo que faz de si mesmo.
Portanto, o homem é construído na medida em que vai construindo, e, constrói, na medida em que vai sendo construído também, numa relação dialética com seu meio, num “eterno” vai e vem, e, por isso, Sartre estabelece o método progressivo-regressivo, que consiste compreender a realidade humana como um movimento dialético entre objetivo (historia, época, cultura, educação, trabalho e etc.) e o subjetivo (assimilação do sujeito que ativo apreende internamente o que esta fora dele).
O método biográfico que Sartre propusera de investigação do sujeito é uma forma de compreensão totalizante e globalizante do individuo, visto como ser-no-mundo, partindo sempre do singular para o universal, e do universal para o singular, procurando sempre fazer uma ligação dos fatos concretos da vida individual deste sujeito, com o momento histórico e circunstancial vivido pelo mesmo.
Sartre leva o