Contratualistas e Relações Internacionais

502 palavras 3 páginas
A visão do Estado de Natureza segundo os contratualistas e seus efeitos nas Relações Internacionais

Os contratualistas são os autores que tentaram explicar a teoria da formação do Estado e da manutenção da ordem social através de um contrato abstrato assentido por todos os homens que formam determinada sociedade. Todos os três – Hobbes, Locke e Rousseau – começam seu trabalho pensando a natureza do homem, se ela é corrompida ou pura; e consequentemente o Estado de Natureza, ou seja, a forma como os indivíduos se organizariam e viveriam numa situação anterior ao Contrato Social. Seguindo uma ordem cronológica, o primeiro autor a ser analisado é Thomas Hobbes. Ao supor que os homens são todos iguais, imutáveis e movidos pelas paixões, Hobbes chega à conclusão de que a discórdia é o que se espera em um estado no qual não há leis. A competição, a desconfiança e a glória levam os homens ao Estado de Guerra de todos contra todos. Não necessariamente há uma luta real, mas o Estado de Guerra classifica também a disposição para tal. Hobbes não considera que haja sociedade no Estado de Natureza, mas sim um constante temor pela morte violenta e, embora haja liberdade, não há justiça no Estado de Natureza. Ele classifica a vida do homem, neste estado, como “solitária, pobre, sórdida, embrutecida e curta”. E é exatamente essa compreensão de sua natureza e de sua realidade que leva os homens a abrir mão do direito irrestrito para constituir um poder soberano, o Leviatã, que lhes dará esperança de viver em paz e com fartura. Já o segundo autor contratualista, John Locke, possuí uma visão diferenciada da natureza humana, o que influencia na sua concepção de Estado de Natureza. O homem para Locke é mais racional do que o homem hobbesiano, e seu principal objetivo é a garantia da propriedade (encarada como bens, liberdade e vida) através do seu trabalho.
Desta forma, o Estado de Natureza seria um estado pré-social e pré-político caracterizado pela liberdade e

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