COntratualismo
A formação das primeiras famílias no período neolítico e a criação de regras de sobrevivência entre essas pessoas esboçam o que seriam os primeiros modelos de sociedade. Mas o que motiva o homem a estar em sociedade? Existem duas correntes com importantes adeptos que procuram defender fervorosamente suas teses. Uma que parte do princípio de que existe no homem, a necessidade de se aproximar, de viver em comunhão, em uma “sociedade natural”, e que tal atitude é involuntária e instintiva. E outra que diz que o homem só se aproxima um do outro, só vive em sociedade por ser de seu interesse viver dessa forma.
Numa de suas afirmações, Aristóteles diz que o homem é um ser social por natureza “o homem é naturalmente um animal político”. Para ele só uma pessoa com sérios problemas de personalidade ou alguém que fosse superior ao homem, desejaria viver isoladamente. Também defendia a ideia de que os animais irracionais constituíam agrupamentos única e exclusivamente por instinto, pois não haveria outro motivo lógico para tanto levando em consideração que esses animais não possuem razão, ou o sentimento do bem e do mal. Cícero, claramente um seguidor de Aristóteles, segue a mesma linha dizendo que o homem não nasceu para vagar sozinho pelo mundo, que existe nele uma pré-disposição para que seu objetivo seja sempre a convivência em sociedade, e que nenhum homem em sã consciência, a não ser no caso de um acidente como um naufrágio, gostaria de permanecer isolado na vida. Para Ranelletti, a convivência em sociedade é uma necessidade natural do homem, e que esta é uma condição essencial para que este possa alcançar seus objetivos em vida.
Para todos esses pensadores citados, a sociedade é algo que se forma naturalmente, que o homem é induzido por uma determinação natural a constituí-las. Mas, existem muitas frentes que vão em direção oposta à ideia da sociedade natural. São aqueles que afirmam que a sociedade é um acordo de vontades, que tudo é um contrato