Contratualismo
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
ANÁLISE CONCERNENTE AOS CONTEÚDOS MINISTRADOS NA UNIDADE II
Relatório apresentado como exigência parcial para obtenção de nota na disciplina de Política I, do curso de Relações Internacionais da Faculdade de Ciências Sociais, ministrada pelo Prof. Ramon Casas Vilarino.
São Paulo
2012
Introdução
É conhecida a classificação aplicada pela historiografia a três grandes pensadores dos séculos XVII e XVIII, os ingleses Thomas Hobbes e John Locke e o suíço Jean-Jacques Rousseau, conhecidos como autores “contratualistas”. Tal categorização se deve mais às semelhanças de forma do que de conteúdo, visto todos discorrerem sobre a transição do Homem do Estado de Natureza em direção ao Estado de Sociedade através do estabelecimento de um “Contrato” Social. No entanto, as ideias dos pensadores sobre como se deu tal Contrato, em que se sustenta ele, e como se deve organizar a sociedade, uma vez estabelecida, variam enormemente.
Hobbes, que descreve com sua famosa frase o Estado de Natureza como o lugar onde “o Homem é o Lobo do Homem”, relaciona o Contrato Social à renúncia dos indivíduos de parte da sua liberdade em benefício público, liberdade essa que é confiada a uma autoridade maior: no caso de Hobbes, o monarca absolutista. Locke, por outro lado, vê como elemento essencial do Contrato a preservação da propriedade privada e o império da Lei, acima do domínio absoluto de um monarca soberano. Já Rousseau rompe com ambos ao idealizar o Estado de Natureza como a era da inocência humana, e vê o estabelecimento da sociedade e da propriedade privada como uma corrupção antinatural do instinto humano.
O objetivo deste trabalho é, portanto, através de uma breve análise dos conteúdos dos autores relativos às aulas de Política I, traçar um paralelo entre suas teorias que vá além do formato Estado de Natureza-Contrato Social-Estado de Sociedade e