Contrato social
Quando pensamos em como nos comportar diante de situações que envolvam e afetem nossos semelhantes, deparamo-nos, em princípio, com normas que guiam nossas ações para a realização do que é verdadeiro, digno e correto.
Logo, ao nos depararmos com o dever de cumprir uma promessa, denunciarmos um amigo traidor ou dizermos sempre a verdade, estamos diante de comportamentos moldados pela pressão de valores justos que regulam nosso modo de ser individual e social: três ocorrências que envolvem regras para nossas ações, ou três problemas morais. Circunstâncias especiais podem nos levar a rever uma promessa (quando vivemos uma situação de desespero, por exemplo), ocultar a traição de alguém conhecido (quando ela é o único meio de sobrevivência de quem a cometeu, por exemplo), ou omitir informações (não revelarmos a um conhecido seu estado terminal de saúde, por exemplo). A esta reflexão que nos leva a decidir que juízos ou ponderações devem nos orientar numa situação e a justificarmos a decisão tomada, chamamos reflexão ética.
Começando a entender o que é ética
Para Aristóteles (384 a.C–322 a.C), “toda ação humana está orientada para a realização de algum bem, ao qual estão unidos o prazer e a felicidade” (apud BOHADANA, SKLAR:2007,226). Mas o que Aristóteles tem a ver com ética? Clique nas caixas para saber mais.
Ética e moral
Ao longo da História da Filosofia, a Ética, englobando o conceito de realidade moral, chega à seguinte definição: “ciência que se ocupa dos objetos morais em todas as suas formas, a filosofia moral” (cf. FERRATER MORA:1965,595). Mas o que é moral? Selecionamos dois autores que assim a definem (clique nos livros):
Moral distingue-se do que é investigado no campo ético, na medida em que “este último domínio se ocupa de uma moral ligada aos fatos, incorporando valores aceitos pelos homens ao se interrelacionarem socialmente” (SKLAR:2008). Seguindo este sentido, Sánchez Vázquez (2002, 23) define a ética