Contos
Literatura –
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Os dois contos, “Pai contra mãe” e “Virginius”, escritos por Machado de Assis, levam o leitor a refletir sobre um problema. A partir da leitura dos mesmos, o conflito que ocorre nos enredos faz surgir uma questão que nos leva a interpretá-los para tentar achar uma resposta para o problema imposto pelo autor. Essa interpretação é feita principalmente a partir do contexto no qual o conto é narrado, mas é preciso se desprender dele para analisarmos como um todo, visualizando não somente o superficial, mas o que está por trás do contexto, a essência do conto.
“Virginius” passa-se na segunda metade do século XIX. A sociedade presenciava um momento de muitas mudanças sociais e o modo de tratar as mulheres era extremamente machista e conservador. Baseando-se nesses fatos, a narrativa apresenta uma situação relativamente frequente da época, na qual o pai se vê na obrigação de estar à frente das decisões pessoais de sua filha, esse pensamento era uma atitude coercitiva da época, pois já estava “inserido” nas suas atitudes de que a voz e o poder de decisão de Elisa, lhe pertencia. Assim, para ele, independente da situação, seria conveniente reproduzir essa forma de pensar. “[...] Seguiram-se alguns minutos de angustiosa espera. Julião olhava para sua filha e parecia refletir. [...]”. A decisão tomada pelo pai é totalmente justificada pelo contexto, porque reflete as concepções da época. Ele não aceitava o fato de ter uma filha desonrada, porém tinha um modo de evitar esse desgosto, matando-a. “[...]—Elisa, tens realmente a tua desonra por uma grande desgraça?
—Oh! meu pai! exclamou ela.
—Responde: se te faltasse a pureza que recebeste do céu, considerar-te-ias a mais infeliz de todas as mulheres?
—Sim, sim, meu pai! [...]”
E assim, partiu do pressuposto de que tirando sua vida, a pouparia de uma eterna infelicidade. Assumindo com orgulho as consequências de seu ato.
Porém, se formos analisar a essência do conto e tirarmos de