conto venha ver o por do sol
Nasceu em São Paulo em 19 de abril de 1923. Passou a infância em pequenas cidades do interior, onde o pai, o advogado Durval de Azevedo Fagundes, foi promotor público e delegado. A mãe, Maria do Rosário de Azevedo (Zazita), era pianista. Algumas das cidades percorridas nessa infância instável foram: Sertãozinho, Areias, Assis, Apiaí e Descalvado. Voltando a residir com a família em São Paulo, cursou o ginásio no Instituto Caetano de Campos, tendo sido aluna do professor Silveira Bueno, de quem recebeu os primeiros incentivos para a carreira literária. Formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo e na Escola Superior de Educação Física da mesma universidade. Na Escola do Largo de São Francisco participou ativamente da vida literária universitária, integrando a comissão de redação das revistas Arcádia e XI de Agosto.
Começou a escrever muito cedo, o que a levou depois a considerar seus primeiros livros “muito imaturos e precipitados”, chegando a rejeitá-los. Segundo o crítico literário Antonio Candido, o romance Ciranda de Pedra (1954) seria o marco de sua maturidade intelectual. Vivendo a realidade de uma escritora do Terceiro Mundo, considera sua obra de natureza engajada, ou seja, comprometida com a condição humana dentro da circunstância de seu país, participante e testemunha que é deste tempo e desta sociedade.
Foi casada com o jurista Godofredo da Silva Telles Júnior, do qual se divorciou. Desse casamento tem um filho, Godofredo da Silva Telles Neto, que é cineasta. Casou-se depois com o professor e escritor Paulo Emílio Salles Gomes, fundador da Cinemateca Brasileira, falecido em 1977.
Como funcionária pública, veio a ser Procuradora do Estado. Foi presidente da Cinemateca Brasileira em São Paulo durante quatro anos. Foi vice-presidente da União Brasileira de Escritores.
Obras:
Janeiro
Histórias do desencontro (contos) – Prêmio Instituto Nacional do Livro
Verão no aquário (romance)
Histórias escolhidas (contos)
Gaby