Análise do Conto Venha ver o pôs do sol
CAMPUS DE VILHENA
Departamento de Estudos Linguísticos e Literários
Curso de Letras
Disciplina: Teoria da Literatura I
Acadêmico: Wagner Pereira de Souza
ANÁLISE DO CONTO
“VENHA VER O PÔR-DO-SOL”
de Lygia Fagundes Telles
Vilhena junho de 2009
Análise do Conto “Venha ver o pôr-do-sol”,de Lygia Fagundes Telles
O enredo é o último encontro entre Raquel e Ricardo que no passado tiveram um relacionamento. Ricardo propõe a moça um passeio para ver o ”pôr-do-sol mais lindo ”(pág.60). O rapaz, ao ver a moça “sorri entre malicioso e ingênuo” (pág.59). O narrador faz a descrição do cenário no qual as personagens irão se encontrar, é um local isolado, um cemitério. Situado em uma rua com casas esparsas e muitos terrenos baldios, onde nem carros chegam. As características usadas para descrever o local são funestas: “a ladeira é tortuosa” (pág.59), “as casas modestas” (pág.59), “o mato rasteiro cobre a rua sem calçamento” (pág.59). ”A cantiga débil é a única nota viva” (pág.59)”muro arruinado(...)portão carcomido pela ferrugem”(pág.60). Esta exposição encaminha o leitor a uma verossimilhança,ficção tão ardente! Que, os fatos parecem ser reais, o local é para um filme de terror, e no desenrolar dos fatos há uma tensão assombradora! Cada elemento desta diegese possui conotação explícita com o final do conto.
No conto “Venha ver o pôr-do-sol” o espaço enquadrante (o cemitério) é o espaço horizontal de Ricardo, já que conhecia e dominava cada passo do caminho e em uma de suas afirmações diz se identificar com este local ”Mas já disse que o que mais amo neste cemitério é precisamente este abandono, esta solidão.” (pág.65). Contrasta com a satisfação na fala de Raquel que também reproduz a dimensão “Mas este cemitério não acaba mais, já andamos quilômetros(...)Nunca andei tanto, Ricardo, vou ficar exausta.”(pág.64). Pelo discurso direto, nas falas das personagens percebemos alguns detalhes do