Conto de Fadas
Sabe, eu sempre odiei histórias de princesas! Porque são patéticas. As princesas ficam lá: ingênuas, bobas e indefesas. Só esperando o tal “príncipe encantado” para salvá-las.
E sempre a mesma história: a pobre princesinha está em perigo então surge o grande e maravilhoso príncipe e salva-a. Eles se apaixonam do nada, se casam (namorar para que né?) e vivem felizes para sempre.
Bom, meu caro príncipe, eu fugi.
Me desculpe meu príncipe, mas não irei esperar você me salvar. Não ficarei sentada batendo palminha para você enquanto você enfrenta os perigos.
Eu sei me virar. Posso descer da torre sozinha, não serei estúpida a ponto de aceitar comida de estranhos, muito menos ficarei dormindo a sua espera.
Se acha que não posso sair por aí sozinha, está enganado. Não preciso de um príncipe em um cavalo branco que se ache a “ultima jujuba do pacote”, odeio narcisismo.
Se me quiser, venha atrás de mim, enfrente os obstáculos que compõe minha personalidade problemática, são piores que qualquer dragão, pode ter certeza. Se não desistir, pode ser que seja digno.
Eu sei, assim talvez nunca me alcance. E isso me assusta. Mas, eu não quero me tornar aquilo que eu mais odeio. Eu não vou desistir de mim. Então, se achar que essa suposta princesa metida a cavaleiro vale a pena, não desista de mim só porque achei meu sapato sem ajuda. Venha me capturar, se for capaz.
Mesmo que não pareça estarei esperando, me desafie e veremos se merece seu título.
Te espero por aí.
De sua Princesa Fugitiva