Continua o do Resumo da Gouvea

Continuação do Resumo da Gouveia “Antigo Regime dos trópicos”
2- Redesenhando fronteiras e Trajetórias administrativas:
A virada do séc. XVII para o XVIII foi marcada por uma mudança nos principais produtos que movimentavam a economia. Passou-se do que chamaram de “ciclo da mandioca” para uma economia baseada na extração do ouro da região centro-sul brasileira. “A melhor demarcação das fronteiras luso-brasileiras serviu também de cenário para a redefinição de mecanismos mais efetivos de governo na região em face desse contexto de progressiva transformação econômica” (p.299).
Esse quadro de alterações influenciou também as fronteiras eclesiásticas, e os anos de 1675 a 1677 viram a “criação de novos bispados sufragâneos”. “observa-se uma significativa circulação de titulares eclesiásticos pelos diferentes bispados ultramarinos portugueses. A existência de conexões administrativas entre o brasil e Angola pode ser observada nas trajetórias de alguns bispos”. “Continuidade observada em termos espaciais e temporais, que auxiliam a compreender as formas pelas quais se exercia a governabilidade portuguesa no Atlântico Sul”, apesar das distâncias, os bispados e outros artifícios da Igreja no ultramar português permaneciam conectados.
Outros dois processos influenciaram na demarcação de fronteiras administrativas: A criação da Capitania real Nova Colônia do Santissimo Sacramento, em frente a cidade de Buenos Aires, em 1680. O que gerou grandes tensões com os espanhóis ali instalados, resultando em conflitos militares e na movimentação de um contingente de forças militares, afim de defender e realizar campanhas contra as forças espanholas. E o outro processo foi a descoberta de minas de ouro no centro-sul do Brasil, no fim do século XVII, o que possibilitou a expansão das fronteiras para aquele território, antes semi-desértico.
A partir do inicio do séc XVIII, em 1709, com a extinção da capitania de S. Vicente, deu-se “um quadro de frequentes alterações nos atributos de