Contexto histórico de julia lopes
A literatura e a história sempre se configuraram com áreas vinculadas e que apontavam as representações sociais de uma determinada época. Neste texto, pretende-se enveredar pelas nuances da literatura feminina brasileira do século XIX, mais especificamente o mundo literário criado pela autora Júlia Lopes de Almeida, representante da elite paulista, matizando o processo histórico referente à passagem de um século a outro. Enveredar pelos escritos e documentos, o imaginário, as ações, é trazer a lume a inserção das mulheres nas experiências cotidianas da passagem do século XIX para o XX, em suas representações. ua produção literária foi vasta, mais de 40 volumes abrangendo romances, contos, literatura infantil, teatro, jornalismo, crônicas e obras didáticas. Em sua coluna no jornal O País, durante mais de 30 anos, discutiu variados assuntos e fez diversas campanhas em defesa da mulher.
Foi presidenta honorária da Legião da Mulher Brasileira, sociedade criada em 1919; e participou das reuniões de formação da Academia Brasileira de Letras, da qual ficou excluída por ser do sexo feminino.
Sua coletânea de contos Ânsia Eterna, 1903, sofreu influência de Guy de Maupassant e uma das suas crônicas veio a inspirar Artur Azevedo ao escrever a peça O dote. Em colaboração com Felinto de Almeida, seu marido, escreveu, em folhetim do Jornal do Commercio seu último romance A casa verde, 1932, vindo a falecer dois anos depois, 30/05/1934, na cidade