Podemos considerar que trabalhar com pacientes com doença grave é um desafio para os profissionais, afinal a morte é algo inerente à condição humana e atinge a todos indiscriminadamente. Isso significa dizer que estar próximo de alguém que está partindo faz com que o profissional se aproxime da certeza da própria finitude. Conceito de paciente terminal descrito por Kovács (2004): O conceito de paciente terminal é historicamente relacionado com o século XX, por causa da alteração na trajetória de doenças que, no passado, eram fulminantes; observa-se sua cronificação, graças ao desenvolvimento da medicina, da cirurgia e da farmacologia. Muitas ainda não têm cura, como alguns tipos de câncer, Aids e moléstias degenerativas, o que faz com que alguns pacientes vivam anos com necessidade de cuidados constantes. De fato, além dos avanços médicos e farmacológicos, temos o avanço tecnológico que permite o diagnóstico precoce de doenças. Mas, embora seja possível prolongamento da vida, existem determinadas doenças que por si só carregam o estigma da morte, como citado pela autora, como é caso do câncer, Aids e doenças degenerativas. Nesses casos, escreve Kovács (2004): O rótulo “paciente terminal” é usado de forma estereotipada para pacientes que apresentam doenças com prognóstico reservado, mesmo que estejam em fase de diagnóstico e de tratamento (Kovács, 2004, p.107). Atualmente, quando o paciente recebe o diagnóstico de uma doença grave ele passa a considerado e tratado dentro do conceito de cuidados paliativos. Mas o que vem a ser cuidados paliativos (CP)? Pessini (2007) citando a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS) (2002) escreve: Cuidados paliativos é uma abordagem que aprimora a qualidade de vida dos pacientes e família que enfrentam problemas associados com doenças ameaçadoras de vida, através da prevenção e alívio do sofrimento, por meios de identificação precoce, avaliação correta e tratamento