Contar história uma arte
A priori, gostaria de citar as palavras do cineasta Manuel de Oliveira, segundo ele, “o presente não existe sem o passado, e estamos a fabricar o passado todos os dias. Ele é um elemento de nossa memória, é graças a ele que sabemos quem fomos e como somos”. Essas palavras nos ajudam a compreender a nossa consciência de seres criadores que somos, e não somente criaturas da história. Vivemos hoje num mundo de espetáculos, de ilusões. Uma época marcada pela técnica e por uma desenfreada circulação de informações, idéias e conceitos. Por isso, é muito importante estarmos cientes destas novidades, para que as barreiras do pensamento comum sejam derrubadas de acordo com e real necessidade. A história da educação é um meio muito eficaz de nos conduzir a esse rompimento necessário, e, principalmente, de clarear a nossa consciência crítica. É uma história que nasce a cada dia dos problemas do presente e nos remete a pontos de vista embasados num estudo rigoroso do passado. As múltiplas identidades da atualidade, seja ela local, étnica, religiosa ou cultural definem as memórias, crenças, tradições, pertenças, dentre outras. Cabe então, à história da educação nos ajudar a compreender essa lógica sistêmica do mundo contemporâneo. Ela elucida o processo de desenvolvimento dando um amplo sentido ao trabalho educativo. A reflexão histórica no campo educacional não trata de descrever ou desvendar o passado, mas nos coloca em contato com um mundo de idéias, projetos e experiências. Portanto, a importância e principalmente a necessidade de adquirirmos um espírito e uma atitude critica em relação à pedagogia, à análise dos espaços educativos, das características dos modelos educacionais se embasam a partir dos estudos da história da educação. Através dela, nos colocamos em total condição de domínio histórico educativo em prol do desenvolvimento educacional e social. É um estudo e uma busca incessante pelo