Resenha do filme xingu
Largar o conforto da cidade grande para viver numa floresta, é um choque cultural imenso, abraçar as ideologias de povos indígenas e lutar pelas causas a favor da Floresta e de seus habitantes, gera, então, um filme fantástico.
Xingu foi dirigido por Cao Hamburger, o mesmo diretor de ‘’O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias’’, e produzido por Fernando Meirelles, o projeto deste longa foi entregue pelo filho de Orlando Villas Bôas, o mais velho dos três irmãos.
O filme começa mostrando Cláudio e Leonardo se passando por sertanejos analfabetos para serem admitidos na expedição Roncador-Xingu, a exploração da Floresta. Depois, nos deparamos com um universo verdadeiramente mágico, repleto de aventuras, conflitos, ideais e paixões: o universo indígena. O filme segue até, finalmente, a fundação do Parque Nacional do Xingu, idealizado e fundado com muito esforço pelos irmãos. A diferença de personalidade de cada um dos três foi um toque proposital do diretor. Somos levados à três diferentes pontos de vistas, o político, o utópico, e o inconsequente, desta batalha que foi a permissão da demarcação de terras indígenas.
Não é uma obra com intenções apenas educativas, mas principalmente, intenções ideológicas. A convivência entre os brancos, os indígenas, e os irmãos, nos traz um paralelo e um forte apelo visual. Por um lado, belas paisagens, por outro, incômodos causados por nos depararmos com a dura realidade que ocorre no nosso país, o filme conta uma história real e, principalmente, atual.
Conflitos políticos, pressão do governo, mortes, tristezas, invasões, doenças, epidemias, acusações, tudo isso traz uma