Xingu
CAMPUS FRUTAL
CURSO DE DIREITO
FILME
“XINGU”
RAISSA EMILLY
FRUTAL/MG 2015
RESENHA
Trabalho entregue em cumprimento da disciplina de Antropologia ministrada pelo professor Gerson.
FRUTAL/MG
2015
Nos primeiros anos da década de 40 do século passado, quando o governo de Getúlio Vargas, preocupado com o olhar de cobiça de países estrangeiros, como Estados Unidos e nações europeias, sobre as terras intocadas do sertão central, criou uma expedição para mapear essa região desconhecida que se estabelecia entre a Serra do Roncador e o Alto Xingu, ao norte de Mato Grosso.
Era o início da Marcha Para o Oeste, uma campanha ainda hoje pouco conhecida, a qual visava à ocupação de pontos estratégicos, a criação de povoados, abertura de estradas e de campos de aviação, o que facilitaria a ocupação das terras, tudo em nome da segurança nacional. Nesse território inexplorado e sem integração com o restante da nação, no entanto, estavam os seus donos: as nações indígenas. E é nesse contexto que se insere as figuras dos irmãos Orlando, Cláudio e Leonardo Villas-Boas.
“Xingu” promove a reconstrução da criação do Parque Indígena Nacional e eleva os Villas-Boas à condição de heróis. O filme chega um bom momento em que há um cheiro de retrocesso e descaso para com as causas indígenas.
Uma história que se desenvolve de 1944 a 1961, ao longo de quase 20 anos, que na verdade poderia ser três filmes, por ser muito extenso.
O primeiro é o da transformação de três jovens urbanos em aventureiros e exploradores. Afinal, eles se alistam como analfabetos e peões e o filme corta depois para os irmãos como chefes da expedição. A dramaticidade dessa transformação foi jogada no lixo. Se o filme terminasse no encontro com os Kalapalo já seria um primeiro grande filme.
O segundo é o da criação do parque. Afinal, a façanha dos Villa Boas foi não apenas conseguir a érea, mas convencer etnias que, em