Consumo vs Consumismo
O tema consumo e consumismo nos faz procurar o dicionário para se apoiar no significado gramatical da origem das palavras, sendo assim logo temos:
Con-su-mo ou ato de con-su-mir: Fazer desaparecer pelo uso ou gasto, Gastar; devorar; destruir, corroer; apagar (com o tempo), comer; beber ou Dissipar.
Dessa forma, interpretamos e levamos ao sentido literal que o ato de consumir é algo essencial ao ser humano, precisamos e devemos consumir tanto na forma carnal (beber, comer) quanto na forma intectual (ler, estudar, viajar) para nos mantermos saudáveis, ou seja, no dia-a-dia consumimos o tempo todo, seja lendo, bebendo, comendo e etc, porém a extravagancia leva ao consumismo.
O dicionário nos leva ao significado: Con-su-mis-mo: Hábito ou ação de consumir muito, em geral sem necessidade.
Deste modo vemos a extravagancia do próprio consumo no ato da gula, entretanto podemos definir como o gasto em produtos sem utilidade imediata, ou seja em sua totalidade os supérfluos. Pode-se explicar o surgimento deste hábito com o surgimento da Revolução Industrial e sucedendo-se a mídias de massa o estimulo do consumismo.
Todo trabalhador comum, sabe que para consumir deve trabalhar, cumprir sua jornada duradoura e rotineira no sistema capitalista cruel para enfim consumir o essencial do seu dia a dia, entretanto a mídia com sua publicidade impõe modas, estilos, culturas estimulando o consumidor a extravagar o consumismo, deste modo tornando-o essencial, criando uma legião de alienados e desfavorecidos de informação, criando assim uma alienação social no qual Marilena Chauí descreve da seguinte maneira:
O trabalhador olha os preços e sabe que não poderá adquirir quase nada do que está exposto no comércio, mas não lhe passa pela cabeça que foi ele, não enquanto indivíduo e sim como classe social, quem produziu tudo aquilo com seu trabalho e que não pode ter os produtos porque o preço deles é muito mais alto do que o preço dele, trabalhador, isto