Consumo de álcool na gestação: rastreamento em uma maternidade pública de teresina-pi
1 INTRODUÇÃO
Nas sociedades modernas a maioria das mulheres em idade reprodutiva consome álcool constantemente. Mas, alguns estudos também constatam que a maioria das mulheres diminui a quantidade de bebida alcoólica durante a gestação. (OLIVEIRA; SIMÕES, 2007)
. O uso de álcool pela gestante trás maior risco de malformações, abortos espontâneos, baixo peso ao nascer, prematuridade, asfixia e mortalidade perinatal. Mas, além dos riscos para o bebê, o consumo de álcool também pode contribuir negativamente para a mãe, com ganho de peso gestacional insuficiente, doenças coronarianas, distúrbios neurológicos, hipertensão arterial e depressão. (FABBRI; FURTADO; LAPREGA, 2007)
Os danos fetais causados por excesso de ingestão alcoólica são diferentes conforme a idade gestacional: no primeiro trimestre o risco é de anomalias e dismorfismo, no segundo há risco de abortamento e no terceiro pode ocorrer diminuição do crescimento fetal, em especial o perímetro cefálico e cérebro. (KAUP; MERIGHI; TSUNECHIRO, 2001)
O uso e abuso de álcool durante a gravidez deve ser um motivo de grande preocupação, além de investigada e desestimulada pelos profissionais de saúde que assistem as gestantes durante o pré-natal. (FREIRE; PADILHA; SAUNDERS, 2009)
O enfermeiro, de acordo com a Lei nº 7.498/86 que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, pode acompanhar inteiramente o pré-natal de baixo risco, e dentro dos objetivos das consultas de enfermagem no pré-natal estão a educação em saúde estimulando o auto-cuidado e a identificação de riscos, sendo que a prevenção do abuso de álcool pode ser trabalhada nesses quesitos.
A prevenção dos riscos durante a gestação relacionados ao álcool pode ser feita através de informações sobre os males que as bebidas alcoólicas podem trazer. As primeiras consultas de pré-natal seriam o melhor momento para que o médico ou enfermeiro incentivassem a paciente a interromper o uso de álcool, pois durante as