Construção Social da Realidade
O texto do Berger e Luckmann, A Construção Social da realidade, inicialmente, se assemelha com a filosofia, mas no decorrer do texto, se mostra totalmente não filosófico. Foi bastante interessante, visto que tratou de assuntos do cotidiano, uma certa imaginação sociológica acerca de alguns temas do nosso dia-a-dia. Foi muito bacana saber que existe mais de uma realidade; a realidade do surto, a do sonho, a de alguém que está em transes religiosos, mas que a realidade por excelência é a da vida cotidiana.
A nossa vida cotidiana é nosso ''aqui e agora'', mas ela vai muito mais além disso; não se esgota nessas presenças imediatas, todavia abraça fenômenos que não estão aqui e agora; isto quer dizer que experimenta a vida cotidiana de formas e graus diferentes, espacial e temporalmente. Minha consciência é trabalhada de forma pragmática, isto é, minha atenção é voltada para aquilo que estou fazendo, fiz ou planejo fazer. Desse modo, é o meu mundo por excelência. Sei que existe outras coisas, mas meu interesse nelas não é direto, pois tenho foco naquilo de meu interesse, do que gosto e o que mais me identifica; o que não tenho interesse, naturalmente, não dou prioridade nem sinto prazer em saber/conhecer.
O texto também fala da fenomenologia, que é o estudo da essência das coisas. A palavra possui duas raízes gregas: phainesthai, que significa aquilo que se mostra; e logos, que é estudo. Tudo que possa ser considerado importante para a nossa sociedade afeta, mesmo que de maneira indireta, nossas vidas. Tipicamente, meu interesse nas zonas distantes é menos intenso e certamente menos urgente, pois estou intensamente interessada no aglomerado de objetos implicados em minha ocupação diária, nas coisas ao meu redor. Mas isso não significa que um acontecimento considerado importante, que aconteça em uma outra zona, não me afete, um exemplo comum é quando se pesquisa a cura de uma doença nos