A construção social da realidade
UNICAMP
CAMPINAS
2012
BERGER, Peter e LUCKMANN, Thomas. A Sociedade Como Realidade Subjetiva in: A Construção Social da Realidade:
Tratado de Sociologia do Conhecimento. 23ª Edição. Petrópolis, Vozes,
2003. p. 173-236;
Os autores pretendem neste capitulo identificar os métodos de socialização do individuo e consequentemente sua realidade subjetiva. Posteriormente analisam a interação da chamada socialização primária com as socializações secundárias. Tem como objetivo também identificar possíveis modificações na realidade subjetiva e como esta é moldada pelas estruturas sociais. Por fim proseiam sobre a influência mutua existente entre o organismo e a sociologia. O capitulo começa discorrendo sobre a entrada do indivíduo na sociedade. Quando uma pessoa nasce ela ainda não se encontra dentro da sociedade, é necessário que haja um processo de interiorização que é a “base primeiramente da compreensão de nossos semelhantes, e, em segundo lugar, da apreensão do mundo como realidade social dotada de sentido” (BERGER e LUCKMANN, 2003, p. 174). Após esse processo ocorre o entendimento do individuo como parte do mundo do outro, que, a partir deste instante, passa a ser o mundo do próprio individuo. O resultado final é a entrada deste ser na sociedade. Todo o processo descrito acima é chamado pelos autores de “socialização primária” que é o primeiro contato do ser humano com o mundo e seus significados e compreensões. Está socialização, entretanto, não é a única na vida de um individuo. Na maioria dos casos ocorre o contato com novos mundos e interpretações da sociedade, o que é denominado “socialização secundária”. É ressaltada que devido ao grau de afetividade e emoção envolvida a socialização primária é a mais arraigada na mente do individuo. Além disso, o fato da criança não ter escolha e ser obrigada a se identificar com o mundo dos seus protetores causa o mesmo efeito. O mundo objetivo e a sociedade objetiva que são passadas