Construir relações: a função do coordenadora na escola
Adriana Ramos da Silva
Agosto/2011
Um dia entro na sala de aula do 7º ano para dar um recado e uma aluna com dúvida fala: - Professora! Ah, desculpa, Coordenadora...' Por um instante fiquei parada e logo completei: - Pode me chamar assim, pois também sou professora! E por este episódio inicio minha reflexão. O que é o Coordenador Pedagógico? Coordenador é professor? Professor de quem? Professor não é aquele que planeja, encaminha e ensina? Bom, nesta perspetiva, entre outras funções, o coordenador pedagógico é professor sim, professor do professor. Entendo que o coordenador pedagógico é professor porque tem “uma função formadora, uma articuladora e uma transformadora.” (Almeida, 2010). É formador pois programa as ações que viabilizam a formação do grupo de professores para qualificação continuada destes sujeitos. É articulador das relações entre família e escola, entre professor e aluno, entre professor e professor e entre professor e escola. E por fim é transformador do papel desse profissional no ambiente escolar. Ou seja, o coordenador é o elemento que movimenta a engrenagem, de uma forma ou de outra! Pensando no sistema que defendo, o desafio do coordenador pedagógico é tornar o professor autor de sua prática, e isso implica na “reflexão dos professores sobre as razões que justificam as suas opções pedagógicas e sobre as dificuldades que encontram para desenvolver seu trabalho” (Garrido, 2001). Esta reflexão proporciona ao professor a tomada de consciência das suas ações e o conhecimento do contexto em que atua. Então, a busca do coordenador é que o professor tenha consciência do seu fazer, conheça o seu ambiente, identifique e reflita sobre as situações vividas, readeque e aperfeiçoe as medidas implementadas. Enfim, tenha em mão, de forma consciente, o seu fazer cotidiano. E como fazer com que isso aconteça? De que forma mobilizar o professor a mudar caminhos e experimentar direções