Constantinopla
Chamavam assim a cidade de Constantino: a Maçã de Prata. Desde 11 de maio de 330, ela fora a sede máxima do Império Romano do Oriente, depois simplesmente designado de Império Bizantino. O imperador, que se convertera ao cristianismo, sentindo a decadência do lado ocidental dos seus domínios, decidira escolher um outro sítio mais seguro para servir de sua capital.
Trocou Roma por Bizâncio, abandonou o latim pelo grego e o título de imperador pelo de basileu. Mudou-se com a corte, a administração e as legiões, para aquela antiga cidade fundada pelos gregos no século VII a.C., então um pequeno porto situado no Bósforo - a passagem que ligava o Mar Negro ao Mediterrâneo
Nos onze século seguintes à sua refundação, ela, rebatizada de Constantinopla, foi uma das mais esplendorosas metrópoles da transição da Época Clássica para a Medieval. Esquina do mundo de então, vanguarda da cristandade na fronteira da Ásia Menor, para ela afluiu gente de todos os cantos. Nas suas ruas apinhadas e cheias de vida, cruzavam gregos, romanos, sérvios, búlgaros, árabes, venezianos, genoveses, godos, varegos, russos, tártaros, caucasianos, etc..., formando um burburinho permanente de vozes, de línguas e de dialetos os mais estranhos e bizarros.
De longe, tratava-se do maior centro financeiro, mercantil e cultural de toda aquela parte do globo, a referência viva de um império que no seu apogeu chegou a ter 34,5